União de Cultura de Matriz Africana- UNIAFRO. UCMA.
A história muda dependendo de quem a conta (…) e o tempo não gosta daquilo que é feito sem ele.
Em breves linhas tenho a pretensão de contar uma parte da história da vida de.
Apolônio Antônio da Silva

Dados Biográficos
Pessoais;
Filho de Antonieta Maria dos Passos
Nasceu em Florianópolis SC em 09 de outubro. De 1954
Faleceu em São José – SC em 13 de novembro de 2020.
Formação e suas atividades profissionais;
Teve sua formação superior no curso de Letras – Português e Inglês
Era servidor inativo da Reitoria da UFSC – Assistente em Administração – Departamento de Compras – SCGP até Fevereiro – 2013,

Nome religioso e atuação como sacerdote:
Omobaomi (Nome religioso) – teve como orixás tutelares Yemanjá e Ogum foi o herdeiro, zelador e dirigente da Tenda Espirita de Umbanda Juciara, fundada por sua mãe carnal Antonieta Maria dos Passos. Praticava o ritual Omolokô e segundo as suas pesquisas da Tribo Arigole ?. Permaneceu com sacerdote e zelador por 12 anos,
Atuações relevantes como ativista nas causas que promoveram e propiciaram o combate a intolerâncias, religioso e social;
Tinha forte atuação na luta pelo reconhecimento das religiões de matriz africana, era Babalorixá e atuava junto à Uniafro – União de Culturas Negras em Santa Catarina; buscava levar a educação sobre a cultura negra e sua influência na formação do povo brasileiro, objetivo que buscava realizar por meio de vídeos pela internet, como por exemplo, a efetiva participação no programa AXÉ Uniafro que tinha como apresentadora e entrevistadora a Doné Aziricy – Agnes Kock.
– Participou e lançou um DVD, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, em 2008, para um público aproximado de 500 pessoas, o DVD “A cultura afro-brasileira em busca da identidade perdida” traz uma importante contribuição para o debate sobre a discriminação que ainda relega a um plano secundário as manifestações da cultura Afro no Brasil.
“O documentário, com duração de 48 minutos da produtora e gravadora Imagem Livre, dirigida Fabian Mondini, teve efetivo apoio da ONG União de Cultura Negra em Santa Catarina (Uniafro) (…) Teve como objetivo o patrocínio para replicar o DVD de forma a levá-lo para todas as escolas públicas e privadas, que agora têm a obrigação curricular de transmitir aos alunos informações sobre a cultura negra e sua influência na formação do povo brasileiro. “Ao contrário do ensino religioso tradicional, as manifestações afro-religiosas têm pouco material disponível e por isso o documentário pode ser útil como instrumento pedagógico para as escolas”, diz Apolônio da Silva. O ideal seria uma parceria que financiasse a reprodução e distribuição de cópias para todo o Estado. O contato com as secretarias municipais para oferecer o produto é um dos próximos passos dos realizadores.(…) O DVD reúne o depoimento de pessoas, entre elas o professor da Udesc e pesquisador Luiz Carlos Canabarro Machado, o pai Juca, Yalorixás e Babalorixás, zeladores e filhos de santo. Eles focam suas análises sobre a realidade de Florianópolis e Santa Catarina, mas a situação se aplica a todo o País. Nos depoimentos, eles falam do racismo no Brasil (problema que não extirpou a fé dos descendentes de africanos), da discriminação dos rituais afros e das informações erradas disseminadas através dos tempos acerca de divindades e figuras das religiões negras. “O que propagamos é a paz, a saúde e a prosperidade”, afirma o pai Juca no documentário.(…) O cerne do DVD são as questões religiosas da cultura afro, a partir da palavra de sacerdotes da religião na Grande Florianópolis, manifestações como a umbanda e o candomblé de Angola. São mostradas casas de santo que congregam famílias e comunidades próximas, pais e mães de santo que abrem terreiros e disseminam as manifestações religiosas afro no âmbito das famílias e comunidades. “As células crescem e resultam em outras, que nascem dentro e fora das mesmas comunidades”, diz Apolônio da Silva. ““Na África muitas coisas do passado deixaram de existir, e é nosso papel tentar resgatar o que restou, dentro de uma nova identidade, trazendo-as para cá”, diz Apolônio. “Antigamente, nada era escrito, mas muitos rituais ainda se mantêm. Por outro lado, o candomblé, por exemplo, é igual aqui e no Recife”.

Entre outras ações que promoveu que participou podemos destacar:
– Fundador da UNIAFRO SC, atualmente UNIAFRO. UCMA, ao qual esteve atuando como coordenador administrativo desde 04 de maio de 2001 até 30 de novembro de 2020 quando renunciou o cargo para tratar de sua saúde,
– Em conjunto com a zeladora do terreiro Pena Verde (Yalorixá Mãe Bia) prestou ajuda a outros terreiros do Bairro Rio Vermelho – Florianópolis.
– Participou de várias caminhadas junto com outras lideranças de religiões de matriz africana onde a tônica era o protesto contra a intolerância religiosa
– Participou ativamente de cultos ecumênicos na Igreja ◦ A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos junto com Padre.Vilson Groh e realizou a caminhada por diversas ocasiões a cada 20 de novembro – data comemorativa a Consciência Negra,

– Participou ativamente dos Fóruns em Brasília – que tratavam de assuntos relacionados com as religiões de Matriz Africanas e um dos destaques que participou ativamente no debate e votação onde foi inserido o termo Matriz Africana a nível nacional.
Recebeu o título de Mestre da Umbanda por ocasião da assinatura da Carta Magna da Umbanda.
– Participou e promoveu diversos eventos em prol da cultura Negra e principalmente das religiões de matriz africanas
– Ultimamente participou procissão de São Jorge em 23 abril de 2019- Florianópolis
Créditos:
Agnes Koch, Coordenador Administrativo da UNIAFRO. UCMA
Luiz Carlos Canabarro Machado – Pesquisador e membro da UNIAFRO. UCMA
Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom
Este Irmandade historicamente tem suas atividades voltadas para o atendimento dos negros e afrodescendentes sempre passou, desde os tempos da escravidão, por dificuldades econômicas, o que determinou o longo período de sua construção, que foi concluída somente em 1830.

Agnes Koch